Novas tecnologias e pandemia ampliam as oportunidades profissionais de Ressonância Magnética e Tomografia

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Novas tecnologias e pandemia ampliam as oportunidades profissionais de Ressonância Magnética e Tomografia

 

A afirmação é da coordenadora da Pós-graduação em Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada do IPESSP, Hamilta de Oliveira Santos, Mestre em Ciência dos Materiais na área de Reatores Nucleares de Potência pelo (IPEN) Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.


Blog IPESSP – As novas tecnologias e equipamentos para o diagnóstico por imagem tem provocado um aumento na demanda destes exames. Mas, como está a formação destes profissionais? Tem sido suficiente para atender a demanda de clínicas e hospitais atualmente com o crescimento do setor da saúde?

Profa. Hamilta: Os avanços tecnológicos são responsáveis por uma medicina diagnóstica mais inclusiva.

Isso implica em qualidade de exames, preço de equipamentos mais acessíveis, imagens que proporcionam diagnósticos cada vez mais assertivos e que levam a tratamentos eficazes.

Dentro desse contexto, a exigência do mercado de trabalho por um profissional capacitado é inevitável. Não basta apenas uma formação básica, é necessário especialização. E, essa especialização é recomendada a cada nova tecnologia introduzida.

Podemos afirmar que a formação de técnicos e tecnólogos em radiologia não tem suprido a demanda, isso porque não é uma formação que ocorre da noite para o dia e devido a necessidade de explorar o conhecimento teórico com horas de estágio.

Para trabalhar com determinados equipamentos, existe a necessidade de mais conhecimento, que pode ser adquirido numa pós-graduação de qualidade.

 

Blog do IPESSP – Qual a sua perspectiva em relação a premissa de que após a pandemia da COVID-19 as pessoas ficarão mais atentas a sua saúde?

Profa. Hamilta: Saúde no Brasil tem um custo elevado. E, quando os indivíduos trabalham em empresas que oferecem plano de saúde, isso desafoga o SUS.

Caso contrário, as filas para algumas especialidades chegam a demorar anos, assim como alguns exames, incluindo os de imagens, como densitometria óssea, ressonância magnética e tomografia computadorizada.

Agora, imagina o Norte do país, região mais desfavorecida do país. A COVID-19 não vai fazer com que os brasileiros se atentem mais à saúde.

No entanto, acredito que daqui para frente o medo de doenças como essa será uma constante e isso levará as pessoas a procurar mais os hospitais, apresentando sintomas.

Diante disso, a tendência é o país investir na construção de novos hospitais, compra de equipamentos, na formação e contratação profissionais de saúde para sermos rápidos no diagnóstico e eficientes no tratamento.

 

Blog do IPESSP – Em que medida este fenômeno pode impactar na formação de especialistas neste momento?

Profa. Hamilta: Significa que investimentos deverão ser feitos em ciência, preservação do meio ambiente, vacinas, cuidados intensivos. Portanto, investir na prevenção da saúde é o que vai fazer a diferença entre os países.

“A formação de qualidade e qualificação de profissionais da Imaginologia é sem sombra de dúvida, de suma importância, em um campo profissional cada vez mais essencial e emergente”.

Na imaginologia, altamente recomendada durante a pandemia, devido aos graves problemas nas vias aéreas causados pela COVID-19, deverão surgir novas técnicas para facilitar o acesso a imagens do corpo, com aparelhos eficientes e portáteis, agilizando o trabalho dos resgates emergenciais e salas de emergência em hospitais e UPAS.

E uma exigência cada vez maior no mercado é a de profissionais habilitados na área.

 

Blog do IPESSP – Como não basta ter a tecnologia, sem um bom profissional para manipulá-la, a formação de especialistas nas áreas de Radiologia, Ressonância, Tomografia Computadorizada se tornou estratégico e fundamental para o setor?

Profa. Hamilta: Sem dúvida. Cada vez que um equipamento novo surge no mercado, o profissional da área precisa de treinamento para usá-lo de forma a usufruir de todos os seus recursos.

Isso implica em novos cursos, com ênfase, principalmente, na aplicabilidade. Por exemplo, o tomógrafo que foi criado na década de 70 e já está na 5ª geração atualmente.

Esses equipamentos têm no total 256 detectores e dois tubos de radiação. Portanto, errar no uso de protocolos pode levar a consequências desastrosas para o paciente.

A tomografia computadorizada, por exemplo, necessita de profissionais qualificados para o seu manuseio, inclusive para sua indicação.

Na Ressonância Magnética, é necessário entender que nem todo paciente pode se submeter ao exame. E por mais que esta tecnologia não emita radiação ionizante, envolve um campo magnético fortíssimo.

 

Blog do IPESSP – Como deve ser hoje a formação destes especialistas e como tem sido a sua experiência e desafios na coordenação do curso de PG em RMTC do IPESSP?

Profa. Hamilta: O IPESSP tem uma proposta inovadora de pós-graduação, com aulas teóricas, práticas e estágio preparatório em clínicas, onde o profissional terá a segurança para exercer suas funções com propriedade e dinamismo.

Trabalhar no IPESSP é atuar em equipe com profissionais altamente qualificados na área da saúde e educação, renomados e inovadores, que permitem liberdade para discutir estratégias, promovendo competências, visando excelência no trabalho.

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