Evolução tecnológica nos equipamentos e a busca por maior proteção radiológica para pacientes

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Evolução tecnológica nos equipamentos e a busca por maior proteção radiológica para pacientes

A radiação faz parte da natureza desde a criação do Universo. Temos fusão nuclear nas estrelas, raios X nas descargas elétricas durante as tempestades e temos elementos radioativos dentro dos corpos vivos como o carbono-14, um elemento que ajuda na datação dos fósseis encontrados, inclusive na datação da Terra.

O urânio-238 é o elemento mais antigo da natureza, da época do Big Bang. Aprendemos com o passar do tempo como usar essa energia poderosa em favor da humanidade: na medicina, na produção de eletricidade, na descontaminação de apetrechos cirúrgicos e de esgotos, na conservação de alimentos e das artes e muito mais.

É claro que como tudo, a radiação também pode ser usada para o mal, como é o caso das bombas nucleares ou atômicas. Mas, o fato é que quando falamos de benefícios, existe uma grande quantidade de cientistas pelo mundo pesquisando e demonstrando a importância do uso das radiações ionizantes e não ionizantes para o bem, protegendo a natureza e promovendo recursos ilimitados que substituirão os atuais poluentes com o objetivo de salvar o planeta e a humanidade.

O setor de gestão em operações de serviços cada vez mais aprimora técnicas para que estes riscos sejam cada vez menores. O Poka Yoke é uma medida bem eficaz já que a sua ideia é de prevenção de riscos podendo ser usada em todos os setores.

Nos últimos anos, a preocupação com a proteção radiológica fez surgir discussões sobre a real necessidade da utilização dos tomógrafos e havendo a necessidade de uso, como diminuir a dose, principalmente em pacientes radiossensíveis.

Os equipamentos de radiologia convencional sofreram modificações durante os anos, desde a descoberta dos raios X. Tais modificações levaram a equipamentos mais avançados como os tomógrafos multislices com vários detectores. Eles possuem mais detectores o que abrevia o tempo de exposição, e, consequentemente a dose.

A radioproteção avança mais timidamente do que a tecnologia utilizada nesses equipamentos, o que obriga de tempos em tempos, a observância de novos métodos que levem a um avanço nas técnicas de proteção mais eficientes.

Avaliamos as dispersões de radiação ionizante dentro da sala no momento da realização do exame. As diretrizes impostas pelas portarias que cuidam da proteção radiológica dispõem de várias informações condizentes com a radiação de fuga.

O trabalho realizado em hospital público de grande porte levou em consideração a dose em um phantom de abdômen, medida a partir das técnicas de protocolo padrão adulto, considerando a radiação primária, secundária e retroespalhada.

O entendimento sobre o funcionamento dos equipamentos que utilizam qualquer tipo de radiação e os meios de proteção está intimamente ligado às pesquisas na área da Física e envolve o IOE de maneira a torná-lo parte de todo o processo. E como tal, este IOE precisa ser treinado e precisa ser perito no seu trabalho.

O fato de a radiação ser usada para o bem não elimina o perigo, não diminui a atenção que o profissional deve ter com relação à sua própria segurança e a do seu cliente, que espera sempre o melhor e que precisa ter confiança num trabalho bem feito. Isso significa que a ciência avança a cada dia e o profissional da área de radiação não pode nunca ficar estagnado.

O aprendizado é constante e diário e inclui um trabalho sempre em equipe, o que obriga haver métodos que façam com que este trabalho flua de forma a ser sempre extremamente seguro.

O meio ambiente e as pessoas não envolvidas no processo direto não podem correr riscos e, nesse sentido, torna-se imprescindível que a equipe envolvida diretamente com radiação seja coesa e competente.

Prof. Msc. Francisco Almeida – Coordenador de Pós-graduação de Diagnóstico por Imagem do IPESSP (Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Radiologia Veterinária). Tecnólogo em Radiologia e Mestre em Tecnologia Nuclear pela USP e Embaixador da Paz – OMDDH (Signatária da ONU)

 

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