EM TEMPOS DE PANDEMIA… Conhecimento de Citometria de Fluxo se tornou fundamental, afirma Biomédica

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EM TEMPOS DE PANDEMIA… Conhecimento de Citometria de Fluxo se tornou fundamental, afirma Biomédica

Daniella Marrese é mestre pela UNIFESP, já foi Supervisora de Citometria de Fluxo do Grupo DASA e coordena a Pós-graduação em Oncohematologia em Imunologia por Citometria de Fluxo do IPESSP

 

1) Por que o conhecimento da Imunologia e Oncohematologia por Citometria de fluxo tem sido considerada tão importante para os profissionais da saúde nos casos de COVID-19?

Há muitos anos, a Citometria de Fluxo tem sido vista como uma ferramenta que permite estudar vários parâmetros simultaneamente em uma única célula ou partícula. Ela tem sido reconhecida na pesquisa e área clínica sobretudo na área clínica no diagnóstico, prognóstico e monitoramento de terapêuticas das doenças hematológicas como as hematopatias malignas, da infecção do HIV e, ultimamente, nos aspectos da imunidade nos casos de pacientes com COVID.

2) Qual o perfil do profissional ou de pesquisa que mais necessita deste conhecimento? 

Este conhecimento tem disso muito importante para quem trabalha ou pretende trabalhar em diagnóstico clínico seja na área de medicina diagnóstica, análises clínicas, na imunologia, na hematologia e pesquisadores, sejam mestrandos ou doutorandos que estão participando em algum estudo nesta área.

 

 “Com esta tecnologia, os profissionais conseguem fazer diagnósticos mais assertivos, precoces e mais rápidos e acurados”.

 

3) Por que este conhecimento tem sido tão procurado? 

Este conhecimento tem disso demandado, principalmente da melhoria que esta tecnologia propicia, da descoberta dos anticorpos monoclonais que beneficiando tanto o estudo da imunidade envolvida nas infecções virais, bacterianas, parasitárias e no campo na Oncohematologia. Com esta tecnologia, os profissionais conseguem fazer diagnósticos mais assertivos, precoces, mais rápidos acurados. Além disso, fazer o acompanhamento das doenças residuais mínimas e no estudo de células progenitoras hematopoiéticas. A aplicação deste conhecimento e as formas de análises em ferramentas de tecnologia mais avançadas justificam este aumento de demanda.

4) Por que nesta pandemia este conhecimento se tornou tão necessário?

Como nesta pandemia é muito importante saber toda a fisiopatologia que envolve o Coronavírus, o estudo das células de defesa, ativação dos linfócitos, diminuição do número de linfócitos que tem sido demonstrada em alguns estudos, são parâmetros analisados pela Citometria de Fluxo. Marcadores de ativação celular, marcadores de apoptose, marcadores celulares e proteínas de que investigamos pela Citometria têm sido fundamentais para quem queira investir neste conhecimento. Ou seja, todo o entendimento da fisiopatologia envolvida na COVID-19, que é uma infecção viral, bem como o estudo de ativação celular, de apoptose, dos marcadores linfocitários e de toda avaliação do perfil linfocitário é feita pela Citometria de Fluxo.

5) Em que situação e estágio da doença esta ferramenta é importante?

Em quase todo o processo, desde a situação da doença nas primeiras semanas, nos períodos mais críticos do dia 7 ao dia 10 e depois no acompanhamento pós fases terapêuticas mais agudas. Estes parâmetros não estão completamente elucidados

 

“Todo o entendimento da fisiopatologia envolvida na COVID-19, que é uma infecção viral, bem como o estudo de ativação celular, de apoptose, dos marcadores linfocitários e de toda avaliação do perfil linfocitário é feita pela Citometria de Fluxo”.

 

6) E no caso de pacientes com HIV, por que esta tecnologia tem ajudado os pacientes?

Uma vez que o vírus invade as células T CD4, o paciente precisa de um acompanhamento, fazendo o tratamento com antirretrovirais, monitorar a carga viral, a quantificação dos linfócitos T CD4. Se ele tem um aumento da carga viral, consequentemente terá uma diminuição de CD4. Nestes casos, o profissional precisa rever a terapia. Em um primeiro momento o paciente apresenta os primeiros sintomas, um dos primeiros testes que é demandado é o perfil linfocitário, quantificação das células T CD4 e CD8 e de carga viral. Diante do diagnóstico, a partir do tratamento, o paciente é monitorado principalmente os níveis de células CD4 no sangue pela ferramenta da Citometria de Fluxo.

Mais informações sobre o curso acesse o link abaixo:

https://www.ipessp.edu.br/site/cursos/imunologia-e-citometria-de-fluxo/

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